Receba meu abraço, cheio de energia bacana!

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20 de setembro de 2007

A entrevista

De resto, minha vida anda corrida...
Tenho trabalhado muito e as contas nem todas estão sendo pagas... q coisa! Não posso reclamar nem de trabalho e nem de ganhar dinheiro, mas é incrível como a grana vai embora!
Dia desses, me liga um cliente novo. Nos falamos por telefone e deduzi q se tratava de um gay. Conversamos sobre seu apartamento novo, sobre preço de projeto, demos algumas risadas e, depois q desliguei, concluí: ele é gay.
Nada contra gays, ao contrário, adoro gays. Meu amigo, aquele q veio da Austrália, q almoçamos, etc e tal (ver post: ‘Época boa, a melhor...’) é gay e nada muda em ele ser legal, uma boa pessoa ou não.
Passou uma semana e achei q o telefonema era só especulação de preço. Mas na semana passada, liga ele de novo.

_Então, Andréa, fiz uma seleção de arquitetos e escolhi 3 pra uma ultima seleção, entre eles, vc. Queria te conhecer, ver seu trabalho. Meu companheiro é de Campinas (hum... eu já tinha matado, na mosca!) e ele vem pra SP no fim de semana, será q poderíamos marcar uma reunião?

Ok, marquei a tal reunião c o casalzinho no sábado q passou. Cheguei lá no flat dele, em Moema, atrasada. Ele meio gordinho, sem graça, mas o ‘companheiro’... meu deus, o q era aquilo? Uma gracinha! Ninguém ali parecia gay e isso é um perigo.
Sentei num sofazinho, enquanto ele buscava um copo de água pra mim e troquei algumas palavras c o ‘companheiro’. Tomei minha água e comecei a expor meu trabalho, meu jeito de trabalhar, responder às perguntas q eles me faziam. Confesso q não gostei nem um pouco de tudo aquilo, pareceu mais uma entrevista de emprego, q eu nem lembrava mais como era. Fui embora c a promessa do ‘eu te ligo, qqer coisa’. Q coisa mais chata! Tanta correria e expectativa pra pegar um trabalho pra me deparar c aquilo! Não gostei! Apenas do ‘companheiro’ gostei, aliás, achei bonitinho apenas.
Logo na segunda-feira o meu celular toca e era DDD de Campinas. Era o ‘companheiro’ ligando pra agradecer a minha atenção e simpatia, mas eles haviam optado por outro arquiteto. E q, ‘qqer coisa’ eles me ligavam, se precisassem de algum projeto. Como é? Como assim? Se optaram por outro profissional, como vão precisar de algum serviço meu?? Ah... me poupe!
Me deu vontade de falar: ‘ah... qqer coisa... vai te catar!’
(Quem é q gosta de não ser escolhida???)

8 de setembro de 2007

Meu lado esportista

Sempre pratiquei esportes. Desde menina minha mãe incentivou muito minha irmã e eu a praticarmos algum esporte.
Fiz natação, durante um bom tempo, treinava todos os dias, competia e tudo, mas os ombros começaram a ficar largos, sei lá, não sei se eu gostava daquele aspecto de atleta ombruda. Num dia de recreação, eu brincava de pular, dar cambalhotas na piscina e o professor de saltos ornamentais me ‘descobriu’ e me convidou pra praticar saltos ornamentais. Fiquei treinando as duas coisas juntas, mas depois optei por saltos ornamentais. Eu era boa naquilo, magrinha, flexível; ele me inscrevia em competições e eu ia, competia e até ganhava. Me convidou pra ser federada, o significava competições mais importantes e proporcionalmente treinos mais fortes e demorados.
Certa tarde, véspera de uma competição, estava eu treinando na cama elástica. Ele queria q eu desse um salto mortal mais sofisticado e treinei a tarde toda pra isso. Fomos pra piscina, treinar realmente no trampolim. Ok, eu me sentia preparada e daria o tal salto mortal mais sofisticado (o mais simples era baba...heheh). Subi no trampolim, me preparei para o salto, me concentrei... dei meus passos em direção ao fim da prancha e... TCHUUUM... o ‘gracinha’ deu um impulso na prancha e a pobrezinha aqui voou longe, levinha, magrinha... voou longe mesmo. Eu não esperava por aquilo, não tínhamos combinado impulso algum, portanto fui pega de surpresa. Fiquei totalmente sem reação e assustada, lá no alto, apenas vi a piscina a me esperar. Eu, de braços abertos, boca aberta, corpo duro, tenso caí q nem um pastel, retona, de barriga na água. Tadinha de mim... Fiquei toda vermelha e doída, caí na piscina dura de cara. Fiquei muito p... da vida c ele, chorei e tudo. Nem me lembro se dei o tal salto mortal no dia seguinte, na competição. Desencantei de saltos ornamentais, sem contar q ele queria q eu saltasse mais alto, das plataformas ou do trampolim mais alto e eu tinha medo, era uma menina... (Engraçado... hoje, eu, mulher...ainda sinto medo de tanta coisa... mas de tanta...).
Parei c saltos ornamentais.
Fazia jazz, dançava em teatro.
Casei e fiz aeróbica durante um bom tempo. Depois de alguns anos, meu marido comprou uma bicicleta pra ele. Tomou gosto pela coisa, comprou outra melhor e passou a ir nos passeios noturnos de ciclistas, em São Paulo. Eu achava aquilo muito legal e comecei a andar de bicicleta tb. Íamos pra casa da minha mãe, em São Paulo e de lá pedalávamos até o Ibirapuera, depois voltávamos. Era pouco, mas já dava pra começar a treinar e me sentir um pouco apta a acompanhar o grupo de passeio noturno.
Fiz o meu primeiro passeio, não agüentei o ritmo do pessoal, fiquei pra trás muitas vezes, mas o guia sempre me acompanhava e o grupo esperava. Comecei a treinar legal e logo já acompanhava o grupo, eu já ficava na turma dos q esperava os ‘molengas novatos’.
Os passeios eram muito bons. Cada dia (noite) era um roteiro diferente pela cidade. Muita coisa bonita pra conhecer, pra passear, sem contar q, de noite, as luzes tornam tudo mais charmoso. Eu adorava realmente pedalar, ser uma night biker, mas chegávamos em casa muito tarde, depois da meia-noite, os passeios de quinta-feira, era tudo meio cansativo e perigoso. Até tomar banho, se arrumar, etc e etc...tarde, muito tarde.
Não fomos mais nos passeios noturnos.
Meu marido fez muita amizade c ciclistas daqui e passou a fazer trilhas. Nossa... eu achava aquilo muito legal, mas teria q treinar pra poder acompanhar o pessoal. Certa vez eles marcaram um passeio c as mulheres tb e adorei. Passei a fazer trilhas direto c eles. Tomei alguns tombos, feios, horríveis... cair de bike em trilha dói muito, muito mesmo. As pedrinhas ralam as pernas, as mãos... Eu me machucava bastante. Mas nada q me fizesse ter vontade de parar. Íamos pra Paranapiacaba, lá na Serra do mar. Adoro verde, natureza, cheiro de mato, barulho de galo cantando, passarinhos... cachoeira... adoro tudo isso.
Só q eles passaram a treinar direto, viraram ‘pro’ e eu fiquei pra trás (era a única mulher do grupo... engraçado q as mulheres quase não se empolgavam muito pra me acompanhar... pena...)
Parei de pedalar, minha bike ficou aqui, guarda e eu passei a fazer um ou outro micro passeio.
Mas sinto falta de me exercitar, então passei a caminhar.
Construíram um parque muito legal aqui perto de casa e tenho ido quase sempre. Essa semana fui todos os dias de manhã.
Hoje pedalei por aqui. Pouca coisa... 15 km, mas ta bom... melhor do q nada.
Praticar esportes é muito bom. Levanta a auto-estima, faz a gente se sentir melhor, dar uma esquecida dos problemas do dia-a-dia e os q aparecem de supetão.
Muitas vezes fui caminhar c o peito apertado de tanta dor, quase chorando mesmo. Mas... estar diante da natureza, de tudo de belo q ela proporciona, c suas cores e cheiros... c sua musica simples e bela, faz c q, todas essas vezes de depressão, ficassem por lá. Voltava sempre revigorada, c mais animo pra recomeçar. Recomeçar o dia ou qqer situação, me renovar pra tudo.
E tem mais uma coisa... qto mais vc pratica, mais tem vontade de praticar. E, conseqüentemente, qto mais vc desencana da vida durante essa coisa simples q é uma pequena caminhada, mais vc sente q é capaz de desencanar de vez.
É isso aí!
Amanhã talvez eu pedale e caminhe... pq senti falta do parque hoje.