Receba meu abraço, cheio de energia bacana!

Receba meu abraço, cheio de energia bacana!

2 de agosto de 2012

Tempo, tempo, tempo...

O dia-a-dia anda muito corrido ultimamente. O trabalho aumentou de uma forma tamanha e diferenciado, como em nenhum outro momento. É um momento muito bom, daquele q fez parte de meus planos há bastante tempo. A responsabilidade também aumentou. Tenho um lado crítico e perfeccionista muito forte e isso me faz, algumas vezes, ficar ansiosa, stressada, nervosa. Exijo de mim bem mais q meus clientes.
Isso tudo começa comigo. Cobro primeiro de mim. Tenho intenção de fazer tudo certo, tudo correto, mas nem sempre sai tudo como quero... nem sempre tudo depende de mim e mesmo se dependesse, não dá pra ser A perfeita, não dá!
Depender de mão-de-obra, de terceiros, é bem difícil. Com todo esse tempo de experiência, vou moldando uma equipe q trilha um caminho retilíneo, mas, ainda assim, há falhas e isso é um peso pra mim...
Meu dia tem sido uma soma de telefonemas, emails, visitas, saídas, projetos, cobranças, respostas, perguntas... quase um turbilhão de informações.
Daí q não tenho visto o por do sol...
Daí q não tenho ido ao Meimei... minha tarefa ta tão abandonada.. e tem feito muita falta pra mim, de doer  mesmo...
Daí q não tenho assistido ao House... nem sei o q se passa na Fazenda...
Daí q não tenho feito as unhas...
Não estou reclamando, embora pareça estar, mas estou sentindo falta de coisas simples. E, se estou sentindo falta, é q são importantes...
As horas passam e, qdo vejo, passou o dia, acabou mais um e não dei nem os parabéns pra minha amiga q fez aniver hoje...esqueci!
Esqueci por falta de tempo em lembrar...
Diante desse desabafo e reflexão, concluo q algo q está exagerado e preciso otimizar e reorganizar esse meu tempo.


31 de julho de 2012

"Me ame quando eu menos merecer..."

Foi no momento em q eu menos mereci, q eu mais precisei de amor e de compreensão.
Eu não precisava de julgamentos, não precisava de entendimentos... mesmo pq... quem é q poderia me entender? Será q eu mesma me entendia?
Não sei...
Há tantas perguntas q não tenho as respostas...ainda há tantas...
Ainda terão tantas q eu não responderei, q eu não quero responder. E eu sei q existem essas tantas perguntas até hoje. Até hoje ainda...
Mas não passo minhas horas e meus dias pensando em perguntas e respostas diante de tudo aquilo, de todos aqueles anos, de todo o durante e o depois, não!
Em alguns momentos algumas lembranças me invadem de uma forma muito estranha. Tenho 'falhas' de memória de algumas cenas. Eu confesso q gostaria de poder lembrar de cada segundo, de cada cena, de cada pessoa, de cada palavra de médico, de enfermeira, de amigo, de família... de tudo... mas tenho 'falhas'.
Vira e mexe me pego perguntando pras pessoas como foi isso ou aquilo. Numa tentativa de manter viva a ocasião do meu renascer.
Talvez só eu entenda essa ocasião pq, embora não aparente, tudo mudou na minha vida. Tenho a audácia de dizer tudo pq aquilo era um gigante tão assustador e presente, durante tantos anos, q a libertação de suas garras me fez ter uma nova e diferente vida.
'Ah...mas vc faz as mesmas coisas...'
'Ah, mas vc não mudou nada do seu jeito...'
Ah... mas vc continua trabalhando igual... tendo praticamente a mesma rotina...'
NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Tudo mudou! Pra mim, tudo mudou...
Meus pensamentos, preocupações, as 'minhas' coisas 'minhas' (e isso não é pleonasmo e tão pouco essa coisas poderiam ser minhas) mudaram. E é disso q falo... o eu comigo mesma...
Parece 'viagem' de papo cabeça esse texto com aparência desconexa, mas é tão claro pra mim, quase transparente. E só não é transparente total pq nem tudo eu sei... nem tudo eu entendo...
Mas no momento em q eu precisei realmente, eu encontrei o porto seguro do amor da minha família, q não tem preço... dos meus amigos.
Eu encontrei o apoio e atenção dos funcionários daquele hospital, desde a faxineira, q ia la todos os dias lavar o banheiro e limpar o quarto (além de ouvir comigo a historia da carta no rádio), até a lagrima de emoção do meu querido médico ao ler pra mim o resultado do exame anatomopatológico, diagnosticando a ausência de celulas cancerígenas nas margens de segurança do tumor q foi retirado de mim. Esse ser viveu essa emoção boa comigo, como em parceria, torcendo por mim.
Quanta gente torceu por mim...
Qta gente me amou...
E eu sei... diante de tudo o q eu fiz eles passarem... eu não sei se merecia tanta dedicação e desprendimento...


15 de maio de 2012

Um ano em fotos

No ano passado, o Dia das Mães caiu no dia 08/11, domingo anterior ao sábado, qdo fui para o hospital, em estado de emergência.
Almocei na casa da minha mãe, com minha mãe, irmã, sobrinha/afilhada e meus primos.
Tiramos essa foto, minha sobrinha e eu, ganhei um presentinho, lembrancinha gostosinha q ela sempre me dá nos dias das mães, como madrinha dedicada q sou. (heheheh)
Essa foto mostra nitidamente o estado em q eu me encontrava: a cor da pele, dos olhos, a magreza, os cabelos. Embora fosse um dia como tantos outros para a ciência e convivência do meu problema secreto.
Essa foto mostra o antes, há exato 1 ano atrás...

Daí passou toda a história de internação, preparação para a cirurgia, depois de uns 3 dias, até eu me fortificar, 'tomar' sangue, reunir a equipe médica, 'projetar' as soluções, colocá-la em prática no processo cirúrgico, a recuperação, a espera para q a minha pele efetivamente fosse aderida por mim mesma, para a torcida de q tudo aquilo não infeccionasse, q desse certo afinal!!!!!!!!!!!
Depois de quase 1 mês, já em casa, eu não podia perder o aniver da minha amada afilhadinha, o médico me autorizou a ir à festinha e aí estou eu ao lado da minha irmã:


Minha cor já era outra, minha pele, minha sede de vida era gigantesca, a vontade de recomeçar era brutal. Meus cabelos já não caíam mais, na raiz havia uma camada de cabelos novos, como um sub pelo, q já forrava toda a minha cabeça.
Daí achei estranho e decidi cortar minhas madeixas velhas, como dando lugar ao novo, dentro e fora da minha cabeça.
Cortei meus cabelos, q tinham outra textura, era tudo novo, nessa foto, minha amada sobrinha comemorando comigo, num churrasco q minha querida prima me homenageou, como uma festa para comemorar o meu recomeço. Ainda dá pra ver a ponta do curativo por baixo da camiseta.

Daí passou todo o ano, com toda a bagagem do ano, com trabalho, com rotinas, com dia-a-dia, com vida normal.
E, finalmente, domingo, dia 13 de maio, Dia das Mães, novamente minha afilhadinha me presenteou com sua lembrancinha de carinho tradicional, novamente almoçamos na casa da minha mãe e estou aqui, com a minha vida normal, algo simples, mas tão sonhado por tantos anos.

14 de maio de 2012

Feliz Aniversário

Ao escrever esse título: Feliz Aniversário, pensei no verdadeiro significado dessa expressão.
Q seja feliz esse aniversário, q seja feliz por mais esse ano...
Q seja feliz!
Sim... Feliz Aniversário com todas as letras, com todas as possibilidades, com todas as esperanças, com toda a fé, com todo o amor, com toda a VIDA!
Feliz Aniversário pra mim!
Obrigada, Deus.
Ao Senhor, agradeço imensamente, infinitamente por essa nova chance.
Ao meu médico, dr. José Mario Camelo Nunes, eu agradeço pela coragem do 'projeto', pela competência, pela força brutal q me deu nessa nova etapa da minha vida. Minha eterna gratidão e reverência.
Ao Hospital São Luiz...
À toda aquela equipe q me atendeu no dia em q cheguei ao pronto-socorro, à dra. Ana Paula, a médica q me recepcionou diante do meu terror, q compartilhou comigo a minha dor, q me atendeu... q cuidou de mim... q eu assustei tanto. Sim, eu a assustei muito... a reação dela foi só uma reação à tudo aquilo q ela viu...
Ao meu marido, à minha mãe, à minha irmã, minha sogra, meu cunhado, minha prima, minha sobrinha, meus primos, tias, madrinha, meus amigos... E cada um sabe quem é...
Meu Deus... qta gente eu tenho a agradecer...
Pela força, pelas orações, por estarem ao meu lado segurando a minha mão, da forma q dava... fisicamente, virtualmente ou só em pensamento...
Faz um ano hoje q cheguei naquele hospital apavorada e dei de cara com a imagem mórbida de mim mesma, dei de cara, verdadeiramente, c o q fiz de mim.
Mas essa página deu lugar a tantas outras no decorrer deste ano q passou.
Estou aqui, feliz em poder olhar pra trás e ver um passado q pôde passar... e essa é a melhor parte, ter certeza de q o passado passou...
Feliz Aniversário pra mim, nesse primeiro ano dessa nova vida.
Feliz Aniversário pra mim por poder desfrutar disso tudo com naturalidade e com a certeza de q é preciso dar o passo da modificação, da melhora e esse passo ninguém dá por nós. Ninguém... tudo conspira a favor qdo vc tem vontade de mudar e dá o passo.
Confesso q foi difícil, muito difícil o passo do compartilhamento, da exposição do meu problema, foi sim...tão difícil qto o problema em si. Mas o respirar aliviado q vem depois, vale a pena.
Esse suspiro de alivio, de 'ufa... passou' é bom demais!
Feliz Aniversário pra mim...

29 de abril de 2012

Remédio pra dor...

Essa noite q passou, eu acordei com cólica e fui até a cozinha tomar Buscopan. Imediatamente, me lembrei de, há cerca de 1 ano atrás, eu tomando Buscopan, paracetamol e qqer coisa q eu tivesse para tentar conter as minhas dores.
As dores eram quase insuportáveis e eu já nem mais sabia a dose e nem qdo fora a ultima vez da última dose, eu precisava conter aquela dor. A noite parecia sem fim e eu sabia q o acordar seria muito difícil. Como algo pudesse ser mais difícil do q o momento todo em si. Tudo aquilo q eu vivia estava sendo difícil, no limite do suportável. Eu me olhava no espelho e a imagem q estava ali refletida era tão assombrosa q me amedrontava ainda mais.
‘O q fazer, meu Deus, o q fazer?’ Eu me olhava em desespero, em silêncio, em busca de uma resposta e solução mágica, como q um ‘click’ q pudesse conter o percurso q minha vida tomava. O destino era o abismo e isso eu sabia...
A madrugada corria, as dores não me deixavam esquecer, nem por um minuto, do q eu teria q fazer no dia seguinte. Eu sei q pode parecer muito simples tudo isso pra quem está lendo esse meu relato, até mesmo absurdo eu passar por tudo isso, por todo esse terror, em silêncio e sozinha.
‘Como assim? Vc não contou nada pra ninguém?’
'Ninguém percebia ou sabia o q vc tinha, ninguém via?’
'Como vc conseguiu esconder?'
Qtas e qtas perguntas eu já ouvi e não tive as respostas. Nem mesmo hoje eu as tenho.
Não era mais momento para questionamentos, não era mais momento para nada, além de pedir ajuda e ir correndo para um hospital. Eu estava no limite. Meu corpo dava afinal o seu ultimo grito e eu teria q ouvir, a qualquer custo.
Não sei mensurar o preço, mas eu tinha q pagar por isso, de qualquer forma: com medo, com lagrimas, arrependimentos, traumas, culpas... de qualquer forma.
Hoje, olhando lá nesse passado tão próximo (um ano quase...), me parece tudo muito simples... Me parece simples tudo o q passei, o depois. Obviamente q não me refiro aos momentos só meus, não me refiro do contar pro mundo, nem mesmo da sala de enfermaria do pronto-socorro, nem mesmo dos momentos de terror c as enfermeiras antes da cirurgia... eu me refiro ao depois.
Hoje, eu me olho no espelho e a imagem é belíssima. A minha cicatriz é tão grande qto a minha satisfação em estar bem, ao meu alivio de estar tudo ok. E daí q a minha cicatriz é grande, e daí?
Ainda lembrarei c todos os detalhes q a minha memória permitir daqueles antes, durantes e depois... daquele todo, daquilo tudo. Não há como esquecer... o gosto do Buscopan na madrugada ainda tem gosto de terror. Porém, a melhor parte é saber q é só uma lembrança de uma página marcada nesse livro da minha vida e não  a minha vida... Como um filme, como um sonho pesadelo, uma passagem.
E a vida é isso mesmo, um conjunto disso tudo q faz ser o q sou, essa é a minha bagagem q carrego da forma q é necessário, colhendo exatamente aquilo q plantei. Erros e acertos, tudo isso é necessário e só faz sentido qdo a consequência é o aprendizado.