Não posso ser exemplo em um monte de coisa. Ninguém, absolutamente ninguém pode fazer o q eu fiz comigo mesma. Eu estava com algo simples e, apesar de orientação médica, na época do meu casamento (veja só, na época do meu casamento, em 92!!!!!), eu deixei pra lá! Não fui consultar um médico especialista pra algo inofensivo e recente. Uma simples pinta esquisita! Mas ela não me incomodava, não era nada pra mim. Não incomodava a minha aparência e estava tudo ok.
O tempo vai passando, os focos ficam voltados pro trabalho, pra correria e muitas vezes negligenciamos o nosso corpo e a nossa saúde. Eu fiz isso! Qtas e qtas vezes negligenciei a mim mesma por conta de clientes e trabalho. E o tempo vai passando, não há dor, não há incomodo e a mensagem q fica é: está tudo bem!
E chegamos nesse ano, um ano cheio de mudanças no meu corpo físico. Os sintomas eram inúmeros: febre noturna, emagrecimento sem pq, grande queda de cabelo, fadiga intensa, palpitações, falta de cor na pele, unhas quebradiças, febre e acho q ‘só’... Daí vc vai lá no dr. Goggle e ele te informa muitas coisas e também STRESS.
Associei o meu momento de problemas no trabalho a isso. Realmente passei uma fasesinha crítica com cliente, com sócia, com empreiteiro q me deixaram com os nervos a flor da pele, a ponto de um ataque. Mas virei essa página e achei q a partir de então as coisas c a minha saúde iriam melhorar. Comecei a me auto-medicar para aliviar os sintomas de febre e a tomar vitaminas para me fortalecer. Aquilo q era nada virou algo gigante. É claro q isso não virou de uma hora pra outra, o tempo foi colocando o seu aumento, mas nos últimos meses a coisa desandou. Só q aí eu já achava q a viola estava em caco. Eu já achava q a coisa era irreversível, q não haveria mais nenhuma possibilidade de fazer algo e então passei a conviver c aquilo como algo q eu teria a minha vida sempre. Eu tinha inúmeras limitações diárias e passei a me adaptar a tudo aquilo. Algumas roupas, ir à praia, piscina eram coisas q eu já abrira mão. Paciência, nem tudo eu teria...
Associei o meu momento de problemas no trabalho a isso. Realmente passei uma fasesinha crítica com cliente, com sócia, com empreiteiro q me deixaram com os nervos a flor da pele, a ponto de um ataque. Mas virei essa página e achei q a partir de então as coisas c a minha saúde iriam melhorar. Comecei a me auto-medicar para aliviar os sintomas de febre e a tomar vitaminas para me fortalecer. Aquilo q era nada virou algo gigante. É claro q isso não virou de uma hora pra outra, o tempo foi colocando o seu aumento, mas nos últimos meses a coisa desandou. Só q aí eu já achava q a viola estava em caco. Eu já achava q a coisa era irreversível, q não haveria mais nenhuma possibilidade de fazer algo e então passei a conviver c aquilo como algo q eu teria a minha vida sempre. Eu tinha inúmeras limitações diárias e passei a me adaptar a tudo aquilo. Algumas roupas, ir à praia, piscina eram coisas q eu já abrira mão. Paciência, nem tudo eu teria...
E não era por falta de conselhos e palavras. O Gerson já estava cansado de tanto falar q eu deveria ver aquilo, minha mãe e irmã idem, mas eu me enfurecia c tudo isso, eu achava q eles não deveriam se meter na minha vida, aquilo era algo só meu. Ele profetizava q, um dia, eu ainda iria colocar todo mundo em pânico por conta da minha falta de cuidado comigo mesma.
E eu não dava explicações a ninguém, desconversava acidamente e apenas eu sabia os meus ‘porquês’. Medo, eu já tinha medo daquilo, mas era um medo silencioso e respeitoso, tipo: fica aí na sua, não me pregue peças! Mas aquilo me pregava peças, sempre. Era uma caixa de surpresas q não vou relatar aqui. Até o dia em q a caixa de surpresas se abriu totalmente, me ofuscando a vista e me trazendo pro mundo da realidade.
Sexta-feira, 13... de maio. Eu sempre enfatizo sexta-feira 13 por ser realmente uma analogia a um filme de terror. Foi um dia de terror pra mim, só pra mim, naquele dia. Eu passei um dia aparentemente normal, embora a panela de pressão estivesse a ponto de explodir, eu trabalhei normalmente, eu fiz tudo normalmente, mas sabia q do sábado não poderia passar. Eu fiquei naquela sexta-feira 13 em choque, mas só eu sabia, mais ninguém. Aquilo era sufocante e eu era só medo. Medo do amanhã, medo daquilo e principalmente, medo para contar pro meu marido, expor o q ninguém sabia e via. Contei mais ou menos pra uma amiga do centro, a Katia e ela não tinha como me ajudar, pq contei superficialmente, ela apenas disse q eu deveria contar ao Gerson. Eu não sabia como, eu tinha medo, eu tinha pavor.
De noite, eu entrei no site da CVV (Centro de Valorização da Vida) e fiz uma consulta online. A pessoa q me atendeu soube em detalhes o q eu estava passando e só de falar pra alguém aquilo já aliviou.
No dia seguinte, era o dia D e a coisa deveria acontecer logo de uma vez. Mas ensaiei várias vezes pra falar c meu marido até q as dores já estavam ficando fortes demais e pronto, chamei ele pra uma conversa. Ele, ao vir, já sabia do q se tratava... A primeira coisa q eu pedi pra ele, antes de começar o meu relato, foi: ‘por favor, não me julgue’. Pedi ajuda e ele, prontamente ajudou. Ligou pra minha irmã e começou a resolver os detalhes práticos. Disse pra eu já levar uma malinha de roupas pq, certamente, eu ficaria internada, diante de tudo q eu relatei. Eu chorava compulsivamente. Naquele momento, toda a minha amada família já fazia parte do meu drama. Mobilizei e apavorei a todos. Minha sogra me ligou pra me desejar boa sorte, me dizer coisas boas, mas eu estava em choque e em pânico e ela só fazia chorar comigo a minha dor e a dizer o tanto q ela torcia por mim, o tanto q eu era querida.
Sexta-feira, 13... de maio. Eu sempre enfatizo sexta-feira 13 por ser realmente uma analogia a um filme de terror. Foi um dia de terror pra mim, só pra mim, naquele dia. Eu passei um dia aparentemente normal, embora a panela de pressão estivesse a ponto de explodir, eu trabalhei normalmente, eu fiz tudo normalmente, mas sabia q do sábado não poderia passar. Eu fiquei naquela sexta-feira 13 em choque, mas só eu sabia, mais ninguém. Aquilo era sufocante e eu era só medo. Medo do amanhã, medo daquilo e principalmente, medo para contar pro meu marido, expor o q ninguém sabia e via. Contei mais ou menos pra uma amiga do centro, a Katia e ela não tinha como me ajudar, pq contei superficialmente, ela apenas disse q eu deveria contar ao Gerson. Eu não sabia como, eu tinha medo, eu tinha pavor.
De noite, eu entrei no site da CVV (Centro de Valorização da Vida) e fiz uma consulta online. A pessoa q me atendeu soube em detalhes o q eu estava passando e só de falar pra alguém aquilo já aliviou.
No dia seguinte, era o dia D e a coisa deveria acontecer logo de uma vez. Mas ensaiei várias vezes pra falar c meu marido até q as dores já estavam ficando fortes demais e pronto, chamei ele pra uma conversa. Ele, ao vir, já sabia do q se tratava... A primeira coisa q eu pedi pra ele, antes de começar o meu relato, foi: ‘por favor, não me julgue’. Pedi ajuda e ele, prontamente ajudou. Ligou pra minha irmã e começou a resolver os detalhes práticos. Disse pra eu já levar uma malinha de roupas pq, certamente, eu ficaria internada, diante de tudo q eu relatei. Eu chorava compulsivamente. Naquele momento, toda a minha amada família já fazia parte do meu drama. Mobilizei e apavorei a todos. Minha sogra me ligou pra me desejar boa sorte, me dizer coisas boas, mas eu estava em choque e em pânico e ela só fazia chorar comigo a minha dor e a dizer o tanto q ela torcia por mim, o tanto q eu era querida.
A caminho da casa da minha mãe, o Gerson e eu dentro do nosso carrão novo e recente. Pra q servia tudo aquilo? De q servia um carrão novo se eu não tinha saúde? De q vale tudo isso se a gente não tem o principal? Ele mantinha a sua força a me suportar, a alicerçar o q eu era naquele momento: farrapo. Cheguei na casa da minha mãe e a minha irmã já estava lá me aguardando para irmos todos ao pronto-socorro do hospital SãoLuiz. Enquanto o Gerson resolvia assuntos burocráticos e práticos eu estava lá na sala aos prantos, apavorada com o meu destino. Desnecessário relatar o estado emocional da minha mãe e irmã, q procuravam se manter serenas. Minha mãe foi pedir auxílio pra tia Marlene, para q ela viesse até mim, me aplicar um passe, tentar me acalmar. Ela prontamente veio, me abraçou e com seu amor e fé e jorrou energias q foram como bálsamos e eu me acalmei. Fomos então para o hospital e lá eu passei na frente de todo mundo para ser atendida emergencialmente. E foi todo aquele terror q eu já relatei.
Exemplos?
Talvez de fé... eu tive fé, sim! Eu ajoelhei em frente a Nossa Senhora Aparecida e pedi a sua luz. Eu pedia, sem parar, pro Dr. Eduardo Monteiro (mentor e médico espiritual) pra me ajudar. Eu pedia pra Deus me amparar e acreditava q eles eram capazes disso.
Talvez de resignação. Qdo eu vi q mais nada eu poderia fazer, diante de tudo, eu me entreguei sem lastimar, sem culpas, sem traumas. Façam o q for preciso! Eu topo ir adiante da maneira q for! Meu médico me deu outras opções de soluções q seriam bem invasivas e esteticamente chocantes, mas ele só saberia mesmo diante do q ele visse na sala de cirurgia. Faça o q for preciso! Eu não tinha escolhas!!!!!
Força? Eu procurei me manter forte, sim... na maioria do tempo e das situações. Confesso q tive momentos de muita angustia e dor, mas eu procurava deixar esses momentos só pra mim. Já bastava o q fiz c a minha família até então...
Aceitação... eu me aceitei em todos os momentos, até mesmo no mais apavorante, não abri mão de mim, apesar das minhas atitudes ou não atitudes, dos meus erros.
E não vou e não posso me condenar... não... não agora em q tudo se abriu novamente para mim...
Aquilo q era uma brecha se transformou numa janela gigante, numa oportunidade infinita de reparação.
Virei ‘a perfeita’ depois de tudo isso? Hahahaha... obviamente q não. Mas eu adquiri aquele ponto de alarme da consciência q apita cada vez q faço algo q não é legal. Falta muito ainda pra eu acertar... mesmo ouvindo o apito, eu ainda tropeço e isso me traz mais responsabilidades.
Uma coisa eu tenho a dizer: minha vida está mais leve, mais cheia de vida e de possibilidades e isso me dá uma força incrível!!!!!!!
Outra coisa eu tenho a dizer: deliciosa a sensação e o saber de ser bem querida.
Agradecer e agradecer... é o q eu tenho feito a todo instante...
Talvez gratidão tb seja um exemplo...
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